O seguidor de Jesus adora a Deus imitando o seu filho,
ou seja, amando como ele amou.
Segundo o IBGE, o número de evangélicos no Brasil aumentou 61% em 10
anos, totalizando quase 43 milhões de adeptos em todo o país.
Interessante dizer que os números citados advêm do CENSO 2010, o que dá a
entender que os chamados evangélicos o são porque assim declararam ser.
Os dados não são fruto de uma análise comportamental, nem mesmo de uma
pesquisa psicossocial. Para todos os efeitos, no Brasil, são chamados
evangélicos aqueles que declaram ser.
Dito isto, considero que há um abismo que separa os chamados evangélicos
dos cristãos ou seguidores de Cristo, ou ainda, como diria John Stott,
dos discípulos radicais. Os evangélicos são pessoas que um dia ergueram a
mão durante um apelo, foram à frente, depois foram ‘apostiladas’, se
batizaram, frequentam uma igreja evangélica semanalmente, dão o dízimo,
fazem orações e assim cumprem com as “obrigações” religiosas da fé
evangélica. Os seguidores de Cristo vão além dos simples passos dos
ritos evangélicos. O seguidor de Cristo reconhece a graça de Deus
despejada sobre sua vida, admite sua total depravação e por isso de
maneira nenhuma resiste a essa graça, despindo-se de sua natureza e
revestindo-se de Cristo (Cl 3:10), e nessa fé é aceito diante de Deus
(Rm 5:1).
Ademais, considero importante dizer de uma condição para ser cristão.
Não se trata de uma simples característica, mas de uma condição: o amor.
João Evangelista assim escreve em uma de suas cartas: “Quem não ama não
conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4:8). Ora, se Deus é amor e
expressa esse amor dando a vida de Jesus por nós, então devemos nós
entregar nossa vida por ele, que em termos práticos, é dar a vida pelo
próximo. É exatamente o que diz 1 João 3:16. Quem não está disposto a
dar a vida pelo próximo não é digno de ser um seguidor de Jesus.
O seguidor de Jesus o adora imitando-o. Foi o próprio Cristo que disse
que “o Pai procura adoradores que o adorem em espírito e em verdade”. E o
que isso significa é:
Se por um lado, o Brasil é um país onde se têm evangélicos “a baciada”,
por outro lado cristãos são artigos de luxo. Se por um lado, os
evangélicos lutam e brigam por relevância política, por outro lado os
cristãos seguem firme no projeto de serviço ‘bacia e toalha’ deixado por
Jesus. Se por um lado evangélicos endossam cada vez mais o discurso do
ódio e da intolerância, os cristãos levantam a bandeira da justiça, da
paz e do amor.
Postagem : Por luciano bruno
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