O
episódio envolvendo o lateral Daniel Alves foi a gota d’água para o início de
uma mobilização mundial. Desde então, “somos todos macacos”, uma ideia do
estafe de Neymar em parceria com a agência de publicidade Loducca ganhou as
redes sociais e o apoio até mesmo da presidente Dilma Rousseff [embora haja quem desconfie de tudo isso]. Tudo começou
quando Neymar viveu os primeiros casos de racismo na Espanha ao lado do
companheiro Daniel Alves; no jogo do Barcelona diante do Espanyol, em março,
gritos de macaco foram direcionados aos dois brasileiros e uma banana foi
arremessada em campo; pouco mais de um mês depois, na derrota para o Granada, o
camisa 11 sofreu ofensas racistas quando deixou o ônibus da equipe no Camp Nou.
Guga Ketzer, sócio e vice-presidente de criação da agência Loducca, explica que
o movimento surgiu para tirar a força da palavra do agressor preconceituoso. “Como
quando somos crianças e sofremos com um apelido. Se você se incomodar muito ele
com certeza vai pegar. Por isso a nossa ideia era de não fugir da briga, de
encarar a polêmica e engolir o problema.” De acordo com o publicitário, “somos
todos macacos” não é uma campanha, mas sim um movimento.
“Estamos
sempre em contato com a equipe do Neymar e já vínhamos planejando algum tipo de
manifestação. Pensamos nessa ideia, mas não era para sair agora, estávamos
esperando o timing certo. E aconteceu
agora com o caso do Dani Alves.” O gesto do lateral brasileiro, que comeu uma
banana atirada por torcedores do Villarreal dentro de campo no último domingo
(28), vem repercutindo nas redes sociais com a hashtag #somostodosmacacos. Em
sua conta no Instagram, Dani Alves mandou o seguinte recado logo depois do
ocorrido: “Meu pai sempre me falava: filho, coma banana que evita cãibras. Como
adivinharam isso? Hahaha.”
Já
nesta segunda-feira (28), publicou: “Meu Brasil brasileiro, verde, amarelo,
preto, branco e vermelho. Somos um povo alegre com samba no pé e é com alegria
e ousadia que a gente tem que se manifestar. Olha a banana, olha o bananeiro...
Sou baiano, sou brasileiro... Estamos mais fortes do que nunca, o sorriso é a
nossa proteção, a musica é a nossa espada... Nos vemos na Copa... Estamos
juntos! #deusnocomando #somostodosmacacos #danidobrasil #amadajuazeiro.”
(R7 Notícias)
Nota:
Toda e qualquer reação contra o absurdo do racismo é muito bem-vinda, no
entanto, essa campanha #somostodosmacacos guarda certa sutileza evolucionista
(ainda que talvez Neymar nem tenha se dado conta disso). Na verdade, não somos todos macacos. Ninguém é
macaco e somos muito mais do que isso: somos a imagem e semelhança de Deus, o
que nos torna qualitativamente superiores aos animais. Na visão criacionista,
somos todos criaturas de Deus (Isaías 64:8) e, justamente por isso, iguais,
apesar da diversidade étnica. Somos descendentes de um mesmo casal, Adão e Eva,
o que nos torna irmãos (Atos 17:26). A cosmovisão criacionista, se aceita, seria
a solução para qualquer tipo de racismo, pois aponta para uma mesma origem
humana e não considera ninguém mais ou menos “evoluído” do que qualquer outra
pessoa. Darwin, em seu livro menos conhecido, The Descent of Man, é que dá margem para pensamentos racistas
(confira). Ao “assumir” que somos todos macacos, estamos, na verdade, aceitando o “rebaixamento” à
condição de animais, o que faz parte da pregação evolucionista.
Essa campanha seria bem melhor se usasse como hashtag
#SomosTodosCriadosPorDeus. É isso o que nos dá valor ontológico. É isso o que nos torna realmente iguais. É isso o que torna o racismo um absurdo.
FONTE: CRIACIONISMO.COM.BR
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