O livro bíblico de Gênesis, entre outros, desmascara a mentira original espalhada pelo anjo caído Lúcifer e com a qual ele envolveu a humanidade em sua rebelião contra Deus: “Disse a serpente à mulher: ‘Certamente não morrerão! Deus sabe que, no dia em que dele comerem, seus olhos se abrirão, e vocês serão como Deus, conhecedores do bem e do mal’”(Gênesis 3:4, 5). A ideia da imortalidade da alma foi lançada, o que levou à independência de Deus, afinal, se sou imortal, por que devo me preocupar em manter conexão com a fonte da vida (Jesus)? A ideia da evolução espiritual, biológica e/ou social também estava inaugurada, afinal, o ser humano passa a ser visto como seu próprio deus. A outra mentira tem que ver com a contrafação do sábado do sétimo dia. Logo na origem deste mundo é dito que, “no sétimo dia Deus já havia concluído a obra que realizara, e nesse dia descansou. Abençoou Deus o sétimo dia e o santificou, porque nele descansou de toda a obra que realizara na criação” (Gênesis 2:2, 3). Deus estabelece o sábado como memorial de Sua obra criativa, um sinal de fidelidade do ser humano para com Ele (Ezequiel 20:20), um mandamento da Sua santa lei (Êxodo 20:8-11) e um elemento constitutivo da última mensagem a ser dada aos humanos antes da volta de Jesus (Apocalipse 14:6, 7). Obviamente que Lúcifer, que se rebelou contra o governo divino e vem pregando a independência de Deus há alguns milênios, luta incansavelmente para destruir a crença na mortalidade humana e na vigência do santo sábado, pois ambas as doutrinas bíblicas evidenciam nossa total dependência do Criador. Um dos recursos disponíveis ao rebelde é a “indústria cultural”. Ela tem feito um marketing gratuito e bastante eficaz das duas grandes mentiras.
Anda circulando pelas redes sociais a seguinte chamada para um novo filme demoníaco: “Durante 200 anos, muitas pessoas tentaram se comunicar com os mortos. O que acontece quando eles respondem?” Trata-se da série “Ouija”, cujo novo filme tem como título “Origem do Mal”.
O filme descreve a vida de uma família tipicamente suburbana dos anos 1960 que sofreu o impacto da morte prematura do pai. Sobraram a mãe e duas filhas, que tentam sobreviver ganhando dinheiro como médiuns charlatãs, dando conforto falso às pessoas que as procuram. Mas tudo muda quando elas compram a famigerada tábua Ouija e se veem ameaçadas por “espíritos reais” e nada bonzinhos. No filme, há homenagens a clássicos de terror como “O Exorcista” e “Poltergeist”, o que ajuda mais uma vez a divulgar essas produções. “Ouija” vem no embalo do recente boom de filmes que abordam temas sobrenaturais, como “Atividade Paranormal” e “Invocação do Mal”, entre outros.
Esse tipo de produção cinematográfica alcança especialmente o público adolescente e jovem, que lota as salas de cinema. Mas há material (e muito) também para as crianças, garantindo a doutrinação espírita desde cedo.
E quanto ao erro da observância do domingo e da desconsideração ao sábado? Duas notícias apenas:
O Portal G1 divulgou matéria interessante, com o título “Fechamos aos domingos para ver o sol se pôr”. Trata-se do aviso colocado na porta de uma doceria em Campo Grande, MS, que traz ainda a explicação: “Fechamos aos domingos para caminhar no parque, ir ao cinema, visitar um amigo, ler um bom livro, tomar um tereré, andar de bicicleta, aproveitar a família, cochilar na rede, tomar um banho de piscina, fazer tricô, meditar, ver o sol se pôr.”
A dona do estabelecimento explica: “Ficamos um ano e meio atendendo todos os dias da semana, mas a gente sentiu necessidade de ter um dia de folga, só para nós, então, decidimos fechar no domingo. Muita gente falava que a gente estava deixando de ganhar dinheiro, que outras docerias abriam, mas essas pessoas não percebiam que estavam no dia de folga querendo que a gente trabalhasse. O quadrinho é uma boa justificativa para as pessoas entenderem que a gente também quer descansar, aproveitar a família.”
A iniciativa chamou a atenção da cidade, foi bem aceita e ganhou a imprensa. É assim que as pessoas vão sendo educadas quanto à necessidade de descansar um dia a cada sete. O próprio papa Francisco vem dando sua grande contribuição, promovendo a causa ECOmênica. Só que essa ideia vem desde a criação, tendo Deus estabelecido o dia específico para isso, porque não se trata apenas de pausar em um dia, mas de santificar o dia que celebra a criação. Aliás, seria interessante que a imprensa destacasse também os inúmeros estabelecimentos que não abrem as portas aos sábados, há muito tempo, justamente pelos motivos apontados pela doceria de Campo Grande.
E vamos à última notícia: “Conferência em Boston discutirá a importância do sábado.” Pensou que se tratava de uma conferência adventista do sétimo dia? Nada disso. Trata-se de uma conferência ecumênica realizada neste mês, nos Estados Unidos, e que tem como objetivo promover a volta do dia de repouso. O padre Donald Conroy, da Diocese de Greensburg, na Pensilvânia, falou sobre “O sábado, a criação e a cultura global emergente”, durante um segmento da conferência nomeado “O sábado regenerativo: sábado, domingo e renovação”. O padre Conroy atuou em uma comissão da ONU para assuntos ecológicos.
A conferência é organizada pelo Lord’s Day Alliance, dos Estados Unidos, e patrocinada por várias entidades cristãs. O reverendo Rodney Petersen, diretor executivo do Lord’s Day Alliance, disse: “O emocionante disso é a maneira como católicos, evangélicos, ortodoxos e muitos outros grupos cristãos estão trabalhando juntos para defender o importante mandamento da guarda do santo sábado. O que é mais importante para nós do que o tempo? Estamos vivendo numa era de monetização até mesmo dos últimos poucos momentos do nosso sagrado descanso. Um dos aspectos fundamentais da guarda do santo dia do Senhor é que nem tudo na vida tem um preço.”
Mas não se iluda. O “sábado” a que esses religiosos se referem não é o sétimo dia do quarto mandamento da lei de Deus. Trata-se, na verdade, do domingo. O uso intercambiado dos termos só causa confusão, passando a ideia de que tanto faz o dia. A verdade é que a deterioração do domingo tem sido uma preocupação crescente nos últimos anos para muitos grupos religiosos, inclusive a Igreja Católica, já que, mesmo os que dizem guardar o domingo, não o guardam como fazem os sabatistas.
Em 2012, a North American Orthodox-Catholic Theological Consultation, patrocinada pela United States Conference of Catholic Bishops, emitiu uma declaração com o título “A importância do domingo”, que dizia: “A recuperação do significado teológico do domingo é fundamental para restaurar nossas vidas.” E dizia mais: “Para os cristãos, o domingo – dia do Senhor – é um dia consagrado para o serviço e a adoração a Deus. É um festival cristão ímpar... No domingo, a igreja se reúne para realizar sua plenitude escatológica da Eucaristia, na qual o Reino e o dia sem fim do Senhor são revelados no tempo. É o eterno primeiro dia da nova criação, um dia de regozijo.”
Essa ideia de “primeiro dia da nova criação” vem sendo usada com frequência pelos católicos e passa a mensagem de que o sábado é o “sétimo dia da velha criação”; aliás, uma criação na qual os papas nem creem, pois mitologizam a figura de Adão e Eva e relativizam o relato literal de que Deus criou a vida neste planeta em seis dias literais de 24 horas, há cerca de seis mil anos. E tinha que ser assim, afinal, como defender a substituição do sábado pelo domingo e continuar crendo (como Jesus, Paulo, João e outros criam) que o relato da criação é histórico?
Resumindo: igrejas, organizações, religiões espiritualistas, estabelecimentos comerciais, livros, histórias em quadrinhos, séries, filmes, etc., etc., sabendo ou não disso seus promotores, produtores, membros e proprietários, estão unidos na divulgação massiva dos dois grandes erros que têm afastado a humanidade da verdade bíblica e de seu Criador.
Você tem coragem de nadar contra a correnteza? Os verdadeiros cristãos sempre nadaram assim, mas a promessa é que de que eles chegarão ao porto seguro.
Michelson Borges
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