- Senhor, obrigado por este dia, tem misericórdia dos meus pecados, me perdoa, te amo Pai! Boa noite, amém!
- Cof, cof...
- Deus?? É o Senhor? O Senhor está ai?
- Sim, como sempre!
- Ah! Que legal!
- Filhão, posso te falar uma coisa?
- Claro Deus! Por favor me diga!
- Quando você vai mudar o script da sua oração?
- Ahnnn? Como assim?
- Querido, até os anjos aqui já sabem de cór as suas orações. “Senhor,
obrigado por este alimento, santifica-o, amém.” “Senhor, me perdoa pelos
pecados, amém.” etc...
- Filho, eu espero ter um relacionamento contigo. Quero conversar
contigo, mas suas orações seguem um script programado. Eu não formei
robôs, formei filhos.
- Mas Deus, não sei como falar assim com o Senhor.
- Você conversa com seus amigos sobre várias coisas, conta seus sonhos,
planos, histórias e situações cotidianas, porque não falar comigo assim
também?
- Mas é diferente né?
- Diferente como filhão? Alem de Deus eu quero ser seu melhor amigo
também. Suas orações se tornaram palavras jogadas ao ar no momento em
que você diz palavras que não saem do seu coração. Isso acontece porque
você se acostumou com as orações cotidianas. O perigo disso é se tornar
uma pessoa religiosa achando que está me agradando. Você pode falar
comigo outras coisas que não sejam pedir e agradecer-me.
- Puxa Pai! É verdade! Não tinha percebido isso! Eu estava orando no
“modo automático” por muito tempo mesmo... Quero verdadeiramente ter um
relacionamento íntimo de amigo contigo!
- Sim filho! Esse é o tipo de relacionamento que quero ter contigo, verdadeiro e íntimo.
- Amém pai!! Então aproveitando o momento, tenho várias coisas pra te contar...
- Ok Filhão! Diga...
Você já falou com seu melhor amigo hoje?
Por Fernando Ortega
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