O Dia Internacional da Dança ou Dia Mundial da Dança comemorado no dia 29 de abril, foi instituído pelo CID (Comitê Internacional da Dança) da UNESCO
(Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) no
ano de 1982. A comemoração tem por base o dia de nascimento de
Jean-Georges Noverre, que nasceu em 1727 e foi um dos grandes nomes
mundiais da dança.
Os adventistas e outros cristãos conservadores têm, em geral, se oposto à
dança social, tão popularizada em nossos dias. Pergunta: A dança é apropriada para os cristãos hoje?
Você já foi a algum lugar, talvez em um shopping,
um restaurante ou até mesmo em uma esquina quando, de repente, começou a
ouvir música? Não estou falando de qualquer música, mas de um ritmo
quente, uma batida de matar. Pode ser que você nunca tenha ouvido aquela
música e nem conhece a letra, mas antes de se dar conta, seus pés estão
acompanhando a batida e seu corpo começa a balançar no ritmo. Você está
– dançando!
Bem, todos nós sabemos que os cristãos adventistas do sétimo dia não
dançam. Eles não se balançam no ritmo da música e, com toda certeza, não
giram, nem fazem piruetas de qualquer tipo ou forma. Mas sabe por quê?
Se acha que é porque todo tipo de dança é errado, você não acertou,
tente outra vez.
Veja só, as pessoas dançavam nos tempos bíblicos! Elas dançavam e nem
sempre era errado. Qual é o critério para definir o certo e o errado
neste caso? Para responder a essa pergunta, vamos começar com Davi.
Tensa de entusiasmo, a multidão se acotovelava para ver o cortejo que
passaria em seguida. Eles podiam ouvir as trombetas e os tamborins e as
canções de louvor a Deus ecoavam pelos campos. A Arca do concerto,
finalmente, estava voltando a Jerusalém depois de tantos anos que havia
sido levada de seu lugar de honra. Tudo seria diferente agora. À medida
que o cortejo se aproximava, uma figura sobressaía à vista dos
observadores. Davi, o rei de Israel, não vestia os trajes reais. Ao
invés disso, ele dançava diante da arca do concerto vestido com uma
estola sacerdotal de linho branco. Davi tinha conseguido o que queria.
Naqueles dias, quando um exército capturava tropas inimigas, era costume
forçar um ou mais cativos a dançar alegremente diante do rei vitorioso.
Isso simbolizava submissão e humilhação na presença do rei. Quando Davi
dançou diante da arca, ele queria que todo Israel reconhecesse que ele
era cativo de Deus e estava demonstrando submissão e humildade ao Rei do
Universo.
Você acha que o povo ficou chocado por que ele dançou? De jeito nenhum.
Você acha que a multidão entendeu a mensagem que Davi queria passar? É
claro que sim. E que mensagem foi aquela!
A Bíblia tem apenas 27 versos que mencionam diretamente a dança. A
partir deles, temos elementos para compreender que tipo de atitude deve
estar por trás da dança. Em Salmo 150:3-5, lemos:
“Cantem glória ao Senhor com trombetas, com harpas e liras! Cantem glória ao Senhor com tamborins e danças, com instrumentos de corda e flautas! Cantem glória ao Senhor com címbalos de som bem forte e puro!”
Esses versos, obviamente, falam da dança como um meio de louvar a Deus. É
importante compreender o significado hebraico da palavra “dança” nesse
texto. A dança mencionada aqui é a dança de roda ou círculo. Não é uma
dança individual ou em pares como muitas danças seculares hoje. Nada
sugere isso no contexto. Esse tipo de dança consiste de movimentos como
bater os pés, saltar, girar e dar pequenos pulos com os pés juntos.
Outros versos falam a respeito da dança como um meio de expressar alegria entre a comunidade.
Isso acontecia quando uma vitória era conquistada sobre o inimigo.
(Exemplos desse tipo se encontram em Êxodo 15:20; Juízes 11:34; I Sam.
21:11; Jer. 31:4 e Lucas 15:25).
Se estiver pensando: “Ah, viu só? Não tem nada de errado com a dança”,
não se esqueça de que há outros pontos a considerar além de sua
aceitabilidade como forma de louvor. Se você começar
a pular e a dançar no corredor central de sua igreja no próximo sábado,
imitando Davi, não espere ser recebido calorosamente como ele foi. Como
qualquer outra atividade, é importante relembrar o conselho de Paulo
aos coríntios: “Bem, vou dizer-lhes a razão. É que vocês devem fazer
tudo para a glória de Deus, até mesmo ao comer e ao beber. Portanto, não
sejam pedra de tropeço para ninguém, quer sejam eles judeus, gentios ou
cristãos”(I Cor. 10:31-32, BV).
É certo que Satanás trabalha muito para perverter qualquer coisa boa que
Deus nos deu. Ele fez a mesma coisa com a dança, torcendo-a de tal modo
que nada de bom ficasse na dança secular; e, embora ela esteja tão
cheia de intenções pecaminosas, alguns cristãos relutam em evitá-la
completamente.
Quando os israelitas se juntaram ao pé do Monte Sinai, Deus ordenou que
eles não tivessem outros deuses diante dEle. Hoje, reconhecemos tal
ordem como um dos Dez Mandamentos. Alguns capítulos adiante, em Êxodo
32, esses mesmos israelitas estão cultuando um bezerro de ouro através
de danças.
Em algumas partes do mundo, danças folclóricas são usadas para cultuar
os deuses da fertilidade, o espírito dos mortos e para apaziguar Buda e
outros deuses
Em Mateus 14, a história de Salomé, a filha de Herodias que dançou
diante de Herodes, acrescenta outra dimensão à degradação da dança. O
episódio implica que a performance de Salomé foi muito sensual. Ao se
tornar excitado sensualmente, Herodes de modo insensato prometeu que
daria a Salomé qualquer coisa que pedisse. E, por ter deixado que as
emoções o controlassem, João Batista perdeu a cabeça – literalmente.
Antes de os israelitas cruzarem o Jordão, muitos deles foram seduzidos
por mulheres moabitas (veja Números 25). Como parte de seu envolvimento,
os homens participaram de atos de perversão que incluíam a dança. A
dança promovia excitação sexual de modo inadequado. A Bíblia diz: “a ira
do Senhor se acendeu contra Israel” (Núm. 25:3). Deus deu instruções a
Moisés para que matasse os que haviam participado desses eventos. Depois
de tudo acabado, vinte e quatro mil israelitas foram mortos. Foram
mortos por que dançaram? Não. Morreram porque aquele tipo de
comportamento inapropriado levou a ações indecentes e inaceitáveis
diante de Deus.
Como podemos observar, a partir dessas histórias podemos saber que há vários tipos de dança, como por exemplo:
1 - Aquelas que cultuam qualquer outro deus que não o Deus do universo.
2 – Danças que estimulam sexualmente os participantes.
A dança secular, além de ser bem insinuante, geralmente acontece em
ambientes menos do que desejáveis. Os salões de dança geralmente são
lugares apinhados, poluídos pelo fumo, onde álcool e drogas são usados.
Mesmo os não-fumantes acabam se expondo a concentrações perigosas de
nicotina, tornando-se fumantes de segunda mão. O som é tão forte que
você pode sentir as vibrações dentro do seu corpo.
Com freqüência, os dançarinos acabam contraindo tinidos, um som agudo e
constante no ouvido causado pela exposição ao excesso de decibéis. Esse
trinado pode durar vários dias, depois de passar a noite dançando.
Considerado tudo isso, você pode dizer honestamente que sua participação
na dança secular demonstraria aos outros um caráter cristão? Ou será
que seu testemunho ficaria comprometido? Em cada decisão que tomamos,
escolhemos ficar a favor ou contra Deus. Por isso, é bom ter certeza
absoluta do que está escolhendo. Isso fará diferença no mundo – neste e
no vindouro.
"A dança de Davi em júbilo reverente, perante Deus, tem sido citada pelos amantes dos prazeres para justificarem as danças modernas da moda; mas não há base para tal argumento. Em nosso tempo a dança está associada com a extravagância e as orgias noturnas. A saúde e a moral são acrificadas ao prazer. Para os que freqüentam os bailes, Deus não é objeto de meditação e reverência; sentir-se-ia estarem a oração e o cântico de louvor deslocados, na assembléia deles. Esta prova deve ser decisiva. Diversões que tendem a enfraquecer o amor pelas coisas sagradas e diminuir nossa alegria no serviço de Deus, não devem ser procuradas por cristãos. A música e dança, em jubiloso louvor a Deus, por ocasião da mudança da arca, não tinham a mais pálida semelhança com a dissipação da dança moderna. A primeira tendia à lembrança de Deus, e exaltava Seu santo nome. A última é um ardil de Satanás para fazer os homens se esquecerem de Deus e O desonrarem." Ellen G. White - Patriarcas e Profetas, pág.707
Com informações do JA Online
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